PCA da Ediama garante que produção de Catoca não será afectada
O presidente do conselho de administração da Endiama, Ganga Júnior, garantiu, esta segunda-feira, em Saurimo, Lunda-Sul, que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia não vai abalar a produção na Sociedade Mineira de Catoca (SMC), em que participa a russa Alrosa, nem deve levar a despedimentos no projecto.
O pronunciamento do gestor à imprensa, à margem da inauguração de um centro de formação profissional mineiro, surge duas semanas depois de analistas da Oxford Económic Africa terem alertado que a guerra entre russos e ucranianos poderia ter um impacto directo em Angola, particularizando o sector dos diamantes. Ao mesmo tempo, várias fontes ligadas ao kimberlito de Catoca admitiram que já estavam a faltar peças sobresselentes e máquinas que eram fornecidas por empresas da Bielorussia, país afectado pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia, para além de cidadãos russos ao mais alto nível.
Em resposta, José Ganga Júnior indicou que a compra de equipamentos e peças de reposição para as máquinas está assegurada. “Quanto aos equipamentos e peças para máquinas adquiridas tanto na Rússia como na Ucrânia também não há problema”, esclareceu o ‘número um’ da diamantífera, declarando que a mina pode contar com “um parque diversificado de equipamentos provenientes de todo o mundo”.
O gestor avançou ainda não haver “dependência exclusiva nem da Rússia nem da Ucrânia” e lembrou que “os equipamentos provenientes dessa região já estão a ser fabricados e noutros países”, longe do conflito.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...